De acordo com um levantamento realizado pelo Vigitel 2023, 10,2% dos homens e 7,2% das mulheres fumam no Brasil, o que apesar de representar uma queda na quantidade de fumantes, ainda precisa diminuir mais, principalmente devido aos grandes efeitos negativos do hábito para a saúde que também se estendem aos chamados “fumantes passivos”, pessoas que não fumam ativamente, mas convivem com fumantes.
Fumar é um dos principais fatores de risco para o surgimento de câncer de pulmão, AVC, doenças respiratórias, de circulação sanguínea, cardíacas, impotência, doenças de pele, entre outras. Mas um efeito importante do hábito é muitas vezes esquecido, seus impactos na saúde articular.
De acordo com o Nеuro-Ortopеdista, Dr. Luiz Fеlipе Carvalho, o tabagismo é um fator de risco para problemas articulares e ósseos.
“O tabagismo, além de prejudicar a saúde geral, também aumenta as chances de desenvolver problemas articulares e ósseos, como osteoporose e artrite reumatoide, que afetam, algumas vezes permanentemente, a mobilidade”, afirma.
Fumar aumenta o risco de doenças ósseas e articulares
Diversos estudos correlacionam o tabagismo com maior risco de incidência de artrite reumatoide, uma inflamação crônica que afeta as articulações causando inchaço e dores. Além disso, o fumante tem menor densidade óssea, tornando-os mais frágeis, o que aumenta os riscos de fraturas.
“O cigarro prejudica os ossos de diversas formas. A nicotina diminui a produção de células que fortalecem os ossos, enquanto o monóxido de carbono reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio, os tornando mais fracos. Isso aumenta o risco de osteoporose e retarda a cicatrização, prolongando o tempo de recuperação de fraturas, por exemplo”, explica Dr. Luiz Felipe Carvalho.