Neurociências e Personalidade: Como o Modelo Big Five Pode Ajudar na Predisposição a Transtornos Mentais

Em sua aula sobre neurotransmissores e transtornos mentais, Dr. Fabiano compartilhou seu estudo baseado no Modelo Big Five, uma teoria amplamente aceita na psicologia que identifica cinco traços principais de personalidade.

Psicologia © Getty Images I Via Unsplash 1170x780 1 O Diário de Notícias do País!

O Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós-PhD em Neurociências e licenciado em Biologia, trará hoje, como professor convidado do Instituto Tlaxcalteca de Posgrados, no México, uma abordagem inovadora no campo da psicoterapia e saúde mental. Em sua aula sobre neurotransmissores e transtornos mentais, Dr. Fabiano compartilhou seu estudo baseado no Modelo Big Five, uma teoria amplamente aceita na psicologia que identifica cinco traços principais de personalidade. Seu objetivo: mapear a predisposição ambiental para transtornos mentais e criar estratégias preventivas.

Modelo Big Five se destaca na psicologia contemporânea por sua capacidade de identificar cinco dimensões da personalidade: abertura à experiência, conscienciosidade, extroversão, amabilidade e neuroticismo. De acordo com o Dr. Fabiano, essas dimensões, quando combinadas com fatores ambientais, sociais e genéticos, podem servir como um guia para analisar predisposições psicológicas e possíveis vulnerabilidades a transtornos mentais.

“O Big Five oferece uma compreensão clara e resumida sobre como determinados traços de personalidade podem influenciar nossa resposta ao ambiente e, consequentemente, à nossa saúde mental”, explica Fabiano. Ele argumenta que certas características, como altos níveis de neuroticismo (tendência à instabilidade emocional), estão associadas a uma maior probabilidade de desenvolver transtornos como depressão e ansiedade. Já traços como alta extroversão e amabilidade podem fornecer maior resiliência em contextos desafiadores.

Neurociências e Personalidade: Uma Ferramenta Preventiva

Com base no seu estudo, Fabiano de Abreu Agrela afirma que o mapeamento da personalidade por meio do Big Five pode funcionar como um indicador preventivo, possibilitando intervenções terapêuticas e sociais mais personalizadas. Ao identificar traços que sugerem uma predisposição para certos transtornos, profissionais da saúde mental podem atuar precocemente, evitando o agravamento de sintomas e possibilitando tratamentos mais eficazes.

No campo das neurociências, a pesquisa de Fabiano se apoia na relação entre neurotransmissores e personalidade, explorando como substâncias como serotonina, dopamina e noradrenalina influenciam não apenas o comportamento humano, mas também o surgimento de transtornos mentais em diferentes tipos de personalidade. “Entender como os traços de personalidade interagem com o ambiente nos permite criar estratégias mais eficientes para a saúde mental. Essa é uma das chaves para a prevenção,” conclui o neurocientista.

Personalidade e Transtornos Mentais: Um Caminho Mapeado

A pesquisa de Fabiano Agrela busca avançar o conhecimento sobre a interface entre personalidade e transtornos mentais, uma área que tem sido explorada por diversas publicações científicas recentes. Estudo publicado pela American Psychological Association (APA) aponta que o neuroticismo elevado é um preditor comum de transtornos como depressão e ansiedade, corroborando as hipóteses levantadas por Fabiano em sua apresentação.

Por outro lado, traços como a alta abertura à experiência podem estar relacionados a uma maior flexibilidade cognitiva, o que pode proteger contra transtornos como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Isso sugere que, além de fatores neurobiológicos, o mapeamento de traços de personalidade pode ser fundamental para a prevenção e tratamento de condições de saúde mental.

O estudo do Dr. Fabiano de Abreu Agrela, diretor do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, está na vanguarda ao combinar neurociência, personalidade e saúde mental para prevenir e tratar transtornos mentais de maneira mais eficaz e personalizada. A implementação do Modelo Big Five, segundo ele, permite um mapeamento das vulnerabilidades psicológicas, possibilitando um novo olhar sobre a psicoterapia e as intervenções terapêuticas.

Como Fabiano destaca: “O objetivo é fornecer ferramentas que permitam aos profissionais da saúde mental atuar de forma mais precisa e eficiente, compreendendo o indivíduo como um todo — sua biologia, sua personalidade e seu ambiente.”

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