Identificando os sinais: 10 sintomas comuns do Transtorno do Espectro Autista

O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno neurobiológico que que se apresenta de diferentes formas e afeta a maneira como as pessoas interagem, comunicam e percebem o mundo ao seu redor. Embora seja uma condição bastante conhecida, ainda é cercada de muitas dúvidas e estereótipos que podem prejudicar o diagnóstico e tratamento adequados. É importante entender que o autismo é um espectro, o que significa que os sintomas podem variar significativamente de uma pessoa para outra.

Os sintomas do autismo geralmente aparecem nos primeiros anos de vida e podem ser observados pela família ou pelos cuidadores. A maioria dos sintomas se concentra nas áreas da comunicação, socialização e comportamento. Algumas pessoas com autismo podem ter dificuldade em interagir com outras pessoas e podem não entender as nuances da comunicação não verbal. Elas podem não falar ou ter dificuldade em iniciar ou manter uma conversa. Outras podem falar muito, mas não se comunicam da maneira considerada apropriada socialmente ou não compreendem as regras sociais.

Além disso, a neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner afirma que muitas pessoas com autismo têm interesses ou atividades restritas e repetitivas, como alinhar objetos ou seguir rotinas estritas. Elas podem ter uma resposta atípica a estímulos sensoriais, como sons, luzes e texturas, e podem ser hipo ou hipersensíveis. O comportamento e as habilidades podem mudar ao longo do tempo, e os sintomas podem ser mais ou menos intensos em diferentes momentos da vida.

Confira abaixo uma lista de 10 sintomas comuns do TEA:

Dificuldade em se comunicar verbalmente e não verbalmente;

Falta de contato visual durante a interação social;

Dificuldade em entender expressões faciais, ou gestos de outras pessoas;

Interesses restritos e atividades repetitivas;

Resistência à mudança e preferência por rotinas estritas;

Comportamentos estereotipados, como balançar as mãos ou movimentar o corpo repetidamente;

Hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos sensoriais, como sons, luzes e texturas;

Dificuldade em compreender as regras sociais e expectativas de interação;

Dificuldade em entender o ponto de vista das outras pessoas;

Dificuldade em fazer amigos ou interagir com outras pessoas.

Embora a presença desses sintomas não seja necessariamente um indicador definitivo de autismo, é importante estar atento a quaisquer sinais e conversar com um profissional de saúde qualificado para fazer um diagnóstico adequado. O tratamento precoce pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas e suas famílias. A neuropsicóloga ressalta que apesar de inicialmente ser um diagnóstico que ainda gera grande insegurança e aflição, em alguns casos, o portador de TEA pode apresentar habilidades impressionantes. “Muitas pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista, têm facilidade para aprender visualmente, atenção aos detalhes ou uma capacidade de memória acima da média, e grande concentração em uma área de interesse específica durante um longo período de tempo a que chamamos de Hiperfoco. É importante estimular as fragilidades mas também contemplar as áreas de força desse indivíduo.

Para que ele receba gratificação nos bons resultados”, finaliza Roselene.

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