Rio prorroga medidas restritivas até dia 22 para conter covid-19

Os quiosques das praias, até então fechados, agora também passam a ser enquadrados nas mesmas regras desses estabelecimentos.

A cidade do Rio continuará sob medidas mais restritivas pelo menos até o próximo dia 22 para deter o contágio pela covid-19. O novo decreto prorrogando as regras foi publicado nesta quinta-feira (11), mas com algumas mudanças. Todas passam a valer à meia-noite.

A prefeitura decidiu flexibilizar o funcionamento de bares e restaurantes, que poderão permanecer abertos até 21h, quatro horas a mais que a regra anterior. Os quiosques das praias, até então fechados, agora também passam a ser enquadrados nas mesmas regras desses estabelecimentos.

O comércio ambulante e as barracas fixas na areia das praias voltam a funcionar até as 17h.

O decreto traz como novidade o escalonamento compulsório dos horários das atividades na cidade, para tentar evitar superlotação nos transportes públicos.

Com isso, o comércio passa a atender entre 10h30 e 21h. Os setores de serviços vão funcionar entre 8h e 17h. E a administração pública, das 9h às 19h.

Segundo a prefeitura, o Rio continua mantendo o cenário de queda no número de casos e de óbitos, mas ainda apresenta aumento da procura por atendimento nas unidades de saúde por pacientes com sintomas de covid e aumento das internações.

O prefeito Eduardo Paes disse que o escalonamento é uma tentativa de diminuir o contágio nos transportes públicos e estabelecimentos, principais vetores de contágio, e que as medidas são preventivas.

Paes negou que a flexibilização dos bares e restaurantes tenha sido tomada apenas pela pressão do setor, mas sim em resposta ao bom cumprimento das regras na semana passada e avaliação da capacidade de fiscalização.

Ao mesmo tempo que flexibiliza o horário, o novo decreto endurece as penalidades aos estabelecimentos que não seguirem as determinações. Eles podem ser fechados por duas semanas em caso de reincidência ou mesmo ter cancelado o alvará, além de multa que pode chegar a R$ 56 mil.

No novo decreto, continuam valendo a proibição de eventos, festas, funcionamento de boates e casas de espetáculos, assim como a permanência de pessoas em vias públicas, entre 23h e 5h. O texto passou a proibir venda de bebidas alcoólicas em bancas de jornais e revistas.

Sobre a situação da ocupação dos leitos na cidade, acima de 90% em UTIs, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que o quadro ainda não é de colapso e antecipou que novos leitos serão abertos nos próximos dias, inclusive a partir de uma parceria com o setor privado, que prevê mais 100 vagas.

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