A deputada Bia Kicis, do PSL do Distrito Federal, foi eleita, nesta quarta-feira (10), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a CCJ, considerada o colegiado mais importante da Casa.
A instalação da comissão foi marcada por bate-bocas. Isso porque a oposição foi contrária à indicação da deputada do PSL, feita após acordo entre a maioria dos líderes.
Ao iniciar a sessão, a deputada Fernanda Melquiona, do PSOL gaúcho, solicitou concorrer à presidência da CCJ como candidata avulsa, mas o pedido foi rejeitado pelo presidente que conduziu a sessão, Felipe Francisquini, do PSL do Paraná.
O presidente da Comissão alegou que o acordo de líderes não permitia uma candidatura avulsa, como costuma ocorrer na disputa pela Mesa Diretora da Câmara. A oposição rejeita a presidência de Bia Kicis alegando que ela é investigada no inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre as notícias falsas contra a corte e ministros e por participar de atos chamados de antidemocráticos, que pediam o fechamento dos poderes da república, como destacou o deputado do PSOL paulista, Ivan Valente.
Apesar dos protestos, Bia Kicis foi eleita por 41 votos favoráveis e 19 votos em branco. Em seguida, a deputada do PSL fez um discurso afirmando que não daria destaque ao que chamou de narrativas injuriosas e falsas. A parlamentar prometeu respeitar os procedimentos da Comissão de Constituição e Justiça.
A Câmara ainda instalou e elegeu outros nove presidentes de comissões permanentes. Mais 15 comissões devem ser instaladas e eleger os presidentes nesta quinta-feira (11). Os deputados retomam as atividades das comissões após um ano suspensas, devido à pandemia do novo coronavírus. EBC.