Falta de insumos hospitalares atinge 90% dos cerca de 300 maiores municípios do país. Este e outros dados relativos ao enfrentamento da pandemia foram apresentados por prefeitos, durante audiência pública na comissão do Senado que debate a covid-19, nesta segunda-feira (12).
Além da falta de oxigênio hospitalar, outros produtos considerados básicos para atendimento aos doentes, como luvas e fraldas geriátricas, também estão acabando. Isto preocupa dirigentes municipais, como destacou Jonas Donizette, presidente da Frente Nacional de Prefeitos.
Além de Jonas Donizette, também participou da audiência o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi. E ele confirmou que as prefeituras vivem hoje um quadro dramático.
Aroldi ressaltou que prefeitos tem buscado soluções para evitar a propagação do vírus. Disse ainda que mais de 70% das cidades adotaram algum tipo de medida como toque de recolher, restrições em fins de semana e suspensão de aulas presenciais. Mas, ele defendeu um esforço nacional e destacou a falta de uma campanha de informação à população que mostre os benefícios da vacina e a necessidade de medidas não farmacológicas, enquanto não há imunização para todos.
Sobre as vacinas, Glademir Aroldi ressaltou que os municípios têm capacidade para vacinar 1,5 milhão pessoas por dia, ou até mais; mas o problema é que o ritmo lento da imunização ocorre pela baixa oferta das vacinas.
A comissão temporária da covid-19 aprovou ainda a realização de uma audiência pública para buscar ajuda internacional para o Brasil. Devem ser convidados os embaixadores da China, da Índia, dos Estados Unidos e da Rússia. Também foi aprovado um requerimento para que senadores possam visitar fábricas de imunizantes veterinários que poderiam ser utilizadas na produção de vacinas contra a covid-19. EBC.