A criação de emprego e a melhoria nos serviços de saúde devem ser as prioridades do governo em 2021. É o que mostra a pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira” feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para 41% dos entrevistados, a criação de postos de trabalho precisa ser impulsionada pelo poder público. Esse percentual sobe para 52% da população nas regiões Norte e Centro-Oeste. Entre as famílias com renda de até um salário mínimo, 44% consideram o emprego a prioridade para este ano.
39% dos ouvidos destacaram a necessidade de melhorias na prestação de serviços de saúde. Se considerada a margem de erro de dois pontos, saúde e emprego ficam tecnicamente empatadas como as áreas que devem ser priorizadas em 2021.
Para o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a pesquisa mostra que a vacinação e o avanço das reformas se tornam “cada vez mais indispensáveis” para a retomada da atividade econômica. O gerente destaca que mesmo setores como a indústria, que vem de nove altas consecutivas (com crescimento de 0,4% em janeiro), ainda tentam recuperar as perdas iniciadas com a pandemia.
Além do emprego e da saúde, completam as cinco principais prioridades citadas na pesquisa o combate à corrupção, melhoria da qualidade da educação e o combate a violência e a criminalidade.
O desemprego foi apontado por 51% dos brasileiros como o pior problema de 2020, independente do gênero, idade, renda, instrução, região ou porte do município. A saúde ficou em segundo lugar, com 41% das menções.
A pesquisa realizada CNI ouviu 2.002 pessoas em todo o país, entre os dias 5 e 8 de dezembro de 2020. EBC