O Forte São João de Bertioga, no litoral paulista, recebe exposição inédita sobre a história do Brasil, traçando paralelos com o surgimento do forte e também da cidade de Bertioga. Na criação da mostra, mais de 470 professores da rede pública de Bertioga foram capacitados sobre o assunto.
Tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), o forte faz parte da Lista Indicativa do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Com sua primeira estrutura levantada em 1536, foi feito de madeira até ser reconstruído em alvenaria, sob as ordens e plantas da coroa real portuguesa entre 1551 e 1553.
O local se estabeleceu como ponto militar para ataque e defesa da ocupação portuguesa. Para as comunidades locais, o forte significava ameaça às suas sociedades e culturas.
Na exposição, o público recebe audioguias com três tipos de narrativas: uma histórica, outra ficcional e uma para pessoas com deficiência visual. Imagens, ilustrações, textos e um documentário feito com os moradores também conduzem os visitantes.
É possível conferir, no local, artefatos de diferentes povos indígenas locais, como uma canoa, cachimbos, cocar, chocalhos, arco, flechas e lanças. O espaço também traz quatro máquinas cenográficas interativas, recortes e textos antigos da cidade, uma máquina-jogo de pescaria sobre a cultura caiçara e uma máquina-jogo de batalha naval.
Com curadoria da museóloga Marília Bonas, a mostra foi concebida a partir de análises e levantamentos dos professores Marília Ariza e Renato de Mattos, além de pesquisadores da Pinacoteca de São Paulo. Conta ainda com a curadoria da filósofa e professora indígena Cristine Takuá, da Aldeia Rio Silveiras, em Bertioga.
O horário de visitação é de terça a domingo, das 9h às 18h. Não é necessário agendamento e a entrada é gratuita