O Brasil tem 4.460 espécies de animais e plantas ameaçadas, o que representa 20% das mais de 21 mil espécies avaliadas. É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, que identificou ainda 9 espécies que se tornaram extintas entre 2014 e 2022. A mais recente delas é a Perereca-gladiadora-de-sino. Outras são as aves Limpa-Folha-do-nordeste e coruja caburé de Pernambuco. Há também espécies extintas na natureza, mas com exemplares em cativeiro, com a ave Mutum-do-Nordeste que atualmente depende de programas de reprodução.
Atualmente, mais de 7500 espécies de plantas e quase 14 mil espécies de animais fazem parte da flora e da fauna brasileira. Entre as que estão ameaçadas, mais de mil estão criticamente em perigo, e cerca de 2200 estão em perigo.
A pesquisa analisou todos os seis biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Mar e ilhas oceânicas. E concluiu que o bioma mais ameaçado é a mata atlântica, com 24 % das suas espécies em algum nível de risco. O coordenador da pesquisa, Leonardo Bergamini, avalia que a principal explicação é a devastação de áreas de mata para a construção de moradias.
Em seguida vem o Cerrado com 16% de espécies ameaçadas e a Caatinga com 15%. Na outra ponta, o ambiente mais preservado é a Amazônia, com 6%, porém o Pantanal continua sendo o bioma com menor número absoluto de espécies em risco : 74.