Um estudo desenvolvido pelo Instituto Butantan sugere que a vacina Coronavac pode oferecer mais proteção se a segunda dose for aplicada em um intervalo maior de dias depois da primeira dose. Os primeiros estudos apontavam para uma eficácia de 50,38% depois de tomadas as duas doses da vacina. Mas, nesses estudos, o intervalo entre uma dose e outra era de 14 dias.
Agora, um novo resultado mostra que a eficácia global pode chegar a 62,3% se a segunda dose for aplicada em um intervalo maior, de até 28 dias. O diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, explicou que o resultado foi obtido em um estudo com número reduzido de participantes.
Outro dado levantado pelos pesquisadores mostra que a vacina tem uma eficácia que pode variar entre 83,7 e 100% para o chamados casos moderados, que exigem assistência médica, mas que não chegam a agravar a ponto de necessitar de UTI. A média é melhor que a anunciada inicialmente para esses casos. Os primeiros resultados apontavam para uma eficácia que não chegava a 78%.
Os novos dados de eficácia estão em um artigo enviado para a revista científica The Lancet nesse domingo. A revista é uma das mais reconhecidas publicações científicas do mundo.
A CoronaVac responde por cerca de 90% das vacinas que vêm sendo aplicadas no Brasil por meio do PNI, o Plano Nacional de Imunizações.