Com a maternidade sendo cada vez mais planejada, cresce o interesse pelo congelamento de óvulos. A especialista em Reprodução Humana Taciana Fontes esclarece a idade ideal para o procedimento e comenta por que tantas mulheres, incluindo celebridades, têm recorrido à técnica.
O avanço da medicina reprodutiva transformou a forma como mulheres planejam a maternidade. Entre as técnicas mais procuradas está o congelamento de óvulos, que preserva a fertilidade e amplia as possibilidades de gestação no futuro. A especialista em Reprodução Humana Taciana Fontes afirma que a idade continua sendo o fator mais determinante para o sucesso. “O ideal é congelar óvulos até os 35 anos, quando a qualidade e a quantidade ainda estão em um patamar excelente. Depois dessa idade, o procedimento continua possível, mas as taxas de sucesso começam a diminuir ano após ano”, explica.
Por que a idade importa tanto
A diminuição natural da reserva ovariana é um processo fisiológico. Segundo a médica, aos 37 anos já ocorre uma queda significativa na qualidade dos óvulos, e após os 40, o impacto é ainda maior. “O congelamento não é sobre adiantar a maternidade, mas sobre preservar a chance real de engravidar mais tarde. Quanto mais jovem a mulher é ao congelar, maior a probabilidade de sucesso quando decidir usar esses óvulos.”
Taciana reforça que muitas mulheres chegam ao consultório acreditando que o congelamento só é necessário perto dos 40 anos, mas isso é um equívoco. “Congelar cedo não significa desistir de ter filhos agora. Significa garantir autonomia para escolher o momento certo.”
Famosas que popularizaram o tema
Celebridades têm ajudado a naturalizar a conversa sobre fertilidade. Sabrina Sato, Paolla Oliveira e Isis Valverde são algumas das artistas que já falaram publicamente sobre a decisão de congelar óvulos. Para a especialista, isso tem um impacto positivo. “Quando figuras conhecidas compartilham suas experiências, elas trazem informação e reduzem o tabu em torno do assunto. Muitas mulheres só percebem que essa possibilidade existe porque viram alguém que admiram falar sobre o tema.”
Quando considerar o congelamento
A decisão pode ser motivada por vários fatores: foco na carreira, ausência de parceiro, tratamentos oncológicos, histórico familiar de menopausa precoce ou simplesmente o desejo de manter opções para o futuro. “Não existe um motivo certo ou errado. Existe o motivo de cada mulher. Nossa função é ajudar a entender o momento biológico e tomar uma decisão informada”, afirma Taciana.
Como funciona o processo
O tratamento dura poucas semanas e envolve estímulo ovariano, coleta dos óvulos e armazenamento em nitrogênio líquido. O procedimento é seguro e amplamente utilizado em todo o mundo. “É uma intervenção rápida, com desconforto mínimo e altos índices de segurança. O que realmente guia o resultado é a idade e a qualidade dos óvulos coletados”, explica.
Planejamento, liberdade e realidade biológica
Para a especialista, o congelamento de óvulos não deve ser visto como garantia de gravidez, mas como uma ferramenta poderosa de planejamento reprodutivo. “Ele dá tempo, mas não muda o funcionamento natural do corpo. A melhor combinação é escolha consciente, informação precisa e acompanhamento médico.”



















































































